- Os desastres naturais causam centenas de mortes todos os anos, bem como a destruição de casas, infraestruturas e perdas econômicas de milhões de dólares. A luta contra as catástrofes naturais está nas mãos de todos
Grandes catástrofes, como terremotos, inundações ou furacões, causam centenas de mortes, feridos, vítimas e deslocações todos os anos, bem como a destruição de casas, infraestruturas e perdas econômicas milionárias. Essas catástrofes naturais multiplicam os seus efeitos devastadores quando ocorrem nos países em desenvolvimento, como o furacão Matthew, que atingiu o Haiti em 2016, deixando pelo caminho quase mil mortos.
Em 1989, a Assembleia Geral das Nações Unidas designou o 13 de outubro como o Dia Internacional para a Redução de Desastres Naturais “para promover uma cultura global de redução de desastres, incluindo a prevenção e mitigação de desastres”. Por essa razão, as Nações Unidas tentam aumentar a consciência sobre os desastres naturais por meio de campanhas de informação que promovam esforços que visam aumentar a resiliência e a capacidade de resposta das comunidades e governos em face dessas adversidades.
Evitar catástrofes naturais: combater as alterações climáticas e a resiliência
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) alerta desde a sua criação que o aumento das concentrações atmosféricas de gases de efeito estufa derivados da atividade humana influencia eventos climáticos extremos. O aquecimento global faz com que diversos fenômenos atmosféricos se tornem cada vez mais violentos, existindo uma estreita relação entre desastres naturais e alterações climáticas. Portanto, o primeiro ponto para evitar possíveis desastres naturais é reduzir a emissão de poluentes.
É também necessário reforçar a resiliência dos Estados, antecipando e adaptando os países aos riscos relacionados com o clima, desde atividades de conservação e restauração até melhorias nas infraestruturas.
A melhor forma de reduzir os danos: preparando-se para desastres naturais
Nem todos os Estados têm os mesmos recursos para enfrentar um desastre natural. Precisamente é essa a questão abordada no evento deste ano, que tem como foco aumentar o número de países com estratégias de resposta a esse tipo de desastre. E grandes danos podem ser prevenidos ou evitados se estivermos preparados para enfrentá-los.
Uma boa gestão do risco de catástrofes é essencial para alcançar comunidades resilientes em face dos fenômenos naturais. Muitos países já aplicam essa teoria. Por exemplo, nos Países Baixos, onde chove muito, existe um bom controle das cheias; e o Japão, por sua vez, controla bem o elevado nível de risco sísmico que apresenta.
Investir na resiliência a catástrofes cria empregos e poupa dinheiro. Isso é afirmado por António Guterres, Secretário Geral da Organização das Nações Unidas. “Tornar as infraestruturas mais resilientes às alterações climáticas pode ter uma relação custo-benefício de aproximadamente seis para um: a cada dólar investido, podem ser poupados seis dólares”, afirma Guterres.
Campanha Sendai Seven para a redução de desastres naturais
Para reduzir a mortalidade em desastres naturais, a ONU lançou a campanha Sendai Seven, focada nos sete objetivos do Quadro de Sendai, cuja implementação estava prevista para sete anos (2016-2022), ao ritmo de um objetivo por ano:
Dia Internacional para a Redução de Desastres Naturais
2016: Reduzir a mortalidade causada por desastres.
2017: Reduzir o número de pessoas afetadas.
2018: Reduzir as perdas econômicas.
2019: Reduzir os danos causados por desastres.
2020: Aumentar o número de países com estratégias de resposta.
2021: Aumentar a cooperação internacional com os países em desenvolvimento.
2022: Aumentar a disponibilidade de sistemas de alerta.
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Fontes: Escritório das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres