Os oceanos tornaram-se um importante centro de operações para nos nutrir com recursos, não apenas petróleo, gás natural ou minerais como cobalto ou níquel, mas também energia renovável, gerada graças aos parques eólicos no mar, às marés, correntes ou ondas. Por essa razão, a indústria offshore ou ultramarina está se tornando cada vez mais importante e a sua atuação no mar busca águas mais profundas.

Essa imersão nos horizontes oceânicos exige a construção e manutenção de infraestruturas muito sofisticadas e nem sempre fáceis de preservar. Na verdade, muitas dessas operações submarinas precisam ser realizadas por mergulhadores profissionais em missões, por vezes, bastante perigosas. O uso de veículos submarinos não tripulados (AUV/ROV) poderia ser uma solução, mas, até agora, eram dispositivos de difícil operação e de alto custo econômico.

Por essa razão, o projeto industrial SWARMs trabalha contra o relógio para resolver isso e para que as inovações robóticas possam se tornar a solução para esses problemas. Qual é o projeto?

Um enxame de veículos subaquáticos prontos para monitorar ambientes subaquáticos, manter a infraestrutura e preservar o meio ambiente

O SWARMs é um projeto coordenado pela Universidade Politécnica de Madri, do qual participam empresas como a ACCIONA e outras grandes instituições tecnológicas, que tentam melhorar precisamente a manutenção dessas infraestruturas com a ajuda da tecnologia e da robótica. Como? Com a implementação de veículos subaquáticos e de superfície (AUVs, ROVs e USVs) que facilitem a acessibilidade e a execução das operações marítimas e aumentem a segurança nas tarefas das equipes. 

Os veículos SWARMs têm um sistema de reconhecimento, detecção e comunicação que lhes permite realizar, de maneira cooperativa, as principais tarefas nessas infraestruturas. Como o nome do projeto já indica, trata-se de um enxame móvel preparado para os seguintes fins:

- Execução de tarefas de manutenção nas instalações, como prevenção de corrosão.

- Monitoramento da contaminação química.

- Inspeção, detecção e monitoramento de pontos de poluição marinha.

- Supervisão da construção de bancos subaquáticos.

- Geração de mapas do fundo do mar em alta resolução.

É uma sofisticada engrenagem de tecnologia e inovação que, em breve, poderá se tornar um avanço muito importante para o setor offshore e para a luta contra a poluição.