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O time do novo campeonato sustentável off-road contará com os pilotos Carlos Sainz e Laia Sanz
A ACCIONA acaba de anunciar a formação de uma equipe para competir no Extreme E, novo campeonato mundial sustentável off-road, junto com a QEV Technologies, empresa de engenharia especializada em P&D e mobilidade elétrica.
A equipe, chamada “ACCIONA - A equipe Sainz XE”, tem como pilotos: Carlos Sainz e Laia Sanz nessa nova competição global, que une, pela primeira vez no mundo automobilístico, os conceitos de: conscientização a respeito das mudanças climáticas, mobilidade sustentável e igualdade de gênero.
A abertura da temporada do Extreme E será nos dias 20 e 21 de março de 2021, na Arábia Saudita, que é caracterizada por terrenos áridos e rochosos, exemplo de desertificação e seca que atinge o planeta. E será seguida por mais quatro etapas, uma delas em Santarém (PA), para falar sobre a devastação e os efeitos causados pelos incêndios na Amazônia.
A corrida também passará pelo Senegal, para discutir os impactos causados pelo descarte de resíduos plásticos, e ainda pela Groenlândia e pela Patagônia, para mostrar os efeitos negativos do degelo e seus impactos climáticos.
ACCIONA e automobilismo
A ACCIONA - que liderou a primeira equipe a concluir o Rali Dakar com um veículo 100% elétrico em 2017 - agora retorna ao mundo do automobilismo com o intuito de ajudar a sociedade a tomar consciência dos efeitos das alterações climáticas e da necessidade de acelerar a transição para uma economia de baixo carbono.
Sobre o Extreme E
O Extreme E é uma nova competição esportiva com claros compromissos sociais. A prova busca revolucionar o esporte com um formato voltado para a promoção do desenvolvimento sustentável, combate às alterações climáticas, e também a igualdade de gênero.
Uma das expectativas é de que a competição tenha impacto positivo líquido nas emissões de CO2, por exemplo. Extreme E vai reduzir e compensar mais gases de efeito estufa do que emiti-los na atmosfera. Para alcançar esse objetivo, todas as equipes utilizarão o mesmo modelo de veículo, o Odyssey 21, um SUV off-road 100% elétrico, cujas baterias serão fornecidas com sistemas de hidrogênio verde.
O veículo - com motor de 400kW (o equivalente a 557cv), 1.650Kg de peso e 2,3 metros de largura - é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos, além de lidar com gradientes de até 130%.
Cada uma das cinco etapas servirão para mostrar o impacto das mudanças climáticas em diferentes ecossistemas ameaçados ao redor do mundo. Já o traçado de cada corrida terá uma distância de aproximadamente 32 km, dividida em duas voltas de cerca de 16 km, que promoverão a velocidade. Cada X Prix será disputado em dois dias, com uma primeira fase de qualificação, duas semifinais e a grande final.
Para destacar a igualdade de gênero, outro aspecto fundamental do campeonato, o regulamento estabelece que todas as equipes envolvidas na corrida sejam compostas 50% por homens e 50% por mulheres. A prova também deve ser percorrida de forma igualitária pelos pilotos, com metade dos trechos percorrida pelo homem, metade pela mulher.
Sobre os pilotos Carlos Sainz e Laia Sanz
O espanhol Carlos Sainz venceu o Campeonato Mundial de Rally duas vezes, em 1990 e 1992, e também foi tricampeão do Dakar, vencendo a corrida nos anos de: 2010, 2018 e 2020. Neste ano, Sainz também foi reconhecido por sua carreira no “Prêmio Princesa das Astúrias” e chegou a ser eleito o melhor piloto da história do Mundial de Ralis (WRC), vencendo o francês Sébastien Loeb (nove vezes campeão).
Já sua parceira de equipe, a espanhola Laia Sanz, foi 13 vezes campeã do Mundial Feminino de Trial e Campeã do Mundo de Enduro em cinco ocasiões. Laia também tem o impressionante histórico de ter completado todas as edições do Rally Dakar de que participou, de forma ininterrupta, desde a sua estreia, em 2011. O melhor resultado veio em 2015, quando Laia terminou a prova em nono lugar na classificação geral, a melhor posição obtida por uma mulher na categoria de motos do Rali Dakar. Sua participação na equipe do Extreme E representa sua mudança oficial do motociclismo para o automobilismo esportivo.