• "Nós somos uma empresa diferenciada com a capacidade de criar, desenhar, construir e operar ativos de infraestrutura críticos e complexos que sustentam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas" 
  • Energia: a empresa tem um portfólio de 7.500 MW de projetos renováveis e está reativando o investimento na Espanha 
  • Infraestrutura Civil, Social e Hídrica: a empresa permanece muito ativa em seus mercados principais

José Manuel Entrecanales, CEO global da ACCIONA, disse na Reunião de Acionistas, realizada no último dia 30, que a empresa opera no que ele descreve como “nova indústria – o desenvolvimento da infraestrutura para a agenda sustentável, que transcende as classificações convencionais da indústria". Neste contexto, ele pontuou que o modelo de negócios da ACCIONA é “estável, previsível e focado no crescimento, com um portfólio de projetos que tem um perfil equilibrado de risco e retorno." 

Dirigindo-se aos acionistas, o CEO da ACCIONA ressaltou que a empresa se transformou como resultado de dois fatores fundamentais. Um é o processo de desinvestimento de ativos (Trasmediterranea, o negócio de térmicas solares na Espanha, e o portfólio de casas de aluguel, entre outros), que culminou no último ano e deu mais foco à empresa. O outro, que talvez seja mais importante, é a forte demanda mundial por infraestrutura sustentável. 

Entrecanales destacou que, de acordo com estimativas do Banco Mundial, uma média de US$ 3,8 trilhões deve ser investida a cada ano entre hoje e 2040 para alcançar 72% dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável proposto pela Organização das Nações Unidas. "As empresas compartilham uma responsabilidade de encontrar soluções para os grandes problemas que a sociedade enfrenta," declarou. 

Neste contexto, Entrecanales definiu a ACCIONA hoje como um desenvolvimento natural da empresa que foi fundada quase um século atrás. “Nós não somos uma empresa de energia renovável com um legado de empresa de engenharia civil. Nem somos uma construtora com um grande portfólio de energia verde”, ele adicionou. “Nós somos uma empresa diferenciada com a capacidade de criar, desenhar, construir e operar ativos de infraestrutura críticos e complexos, sustentando os ODS das Nações Unidas.”

O executivo mencionou que, como qualquer outra empresa, a ACCIONA deve oferecer retornos apropriados aos seus acionistas, adicionando que a empresa é “estável, previsível e focada no crescimento, com um portfólio de projetos que tem um perfil equilibrado de risco e retorno." 

Ele acrescentou que 75% do lucro operacional da empresa vem de ativos de longo prazo altamente previsíveis e que o desinvestimento que foi completado em 2018 permitiu à empresa focar seu negócio e fortalecer seu balanço patrimonial. 

José Manuel Entrecanales disse que os investidores institucionais estão começando a compreender e valorizar o posicionamento estratégico da empresa devido ao seu bom desempenho operacional, e enfatizou que a ACCIONA produziu um retorno de 46% para os acionistas desde janeiro de 2018, o segundo melhor na IBEX 35 neste período. 

Em relação aos planos da empresa, ele declarou que a ACCIONA atualmente tem 1.000 MW de instalações de energia renovável em construção e um pipeline de outros 7.500 MW de projetos diversificados, espalhados igualmente entre fotovoltaico e vento e localizados basicamente no México, na Austrália, no Chile, nos Estados Unidos e na Espanha. No que diz respeito ao mercado espanhol, a empresa tem 1.600 MW de projetos com direitos de conexão de rede e planeja crescer para 2.000 MW nos próximos 18 meses. 

Referindo-se ao negócio de Infraestrutura Civil, Social e Hídrica, ele mencionou que a empresa manteve um alto nível de atividade, margens e entradas de pedidos em vários mercados em 2018. Especificamente no negócio hídrico, ele afirmou que seu bom desempenho no Oriente Médio classifica a ACCIONA como líder global em dessalinização. 

José Manuel Entrecanales falou aos acionistas sobre o balanço patrimonial de sustentabilidade da empresa: ela é neutra de carbono desde 2016. A energia gerada pela ACCIONA evitou a emissão de 14,7 milhões de toneladas de CO2, equivalente às emissões anuais produzidas por 3 milhões de pessoas. 

O índice de circularidade do uso de recursos da ACCIONA cresceu para 29%, significando que ela transformou resíduos em recursos em um nível muito mais alto do que a média mundial de 9%. Além disso, o consumo de água nas áreas de estresse hídrico foi reduzido em 39%. 

A contribuição fiscal da ACCIONA totalizou €1.154 milhão em 2018, equivalente a 3,5 vezes o lucro líquido da empresa.

Nomeações e Resoluções

A Reunião Geral dos Acionistas confirmou a nomeação de Sonia Dulá como diretora independente no lugar de Belén Villalonga, e a renomeação de Juan Carlos Garay. Também foram aprovados os relatórios dos diretores, o relatório de sustentabilidade e os demonstrativos financeiros, incluindo um dividendo de €3,5 de 2018 (+17%).

Mais informações annualreport2018.acciona.com